Mês: novembro 2016

Não é mergulhando em “lamentações” que mudamos os resultados de algumas situações, mas podemos com isso apenas nos permearmos com a “angústia” da insatisfação ou da revolta. Não é nos posicionando “agressivamente” contra o mundo que vamos conseguir modificar as frustrações dos nossos fracassos e das nossas impossibilidades, ou que vamos “diminuir” as consequências dolorosas dos nossos dissabores. Não é em meio ao “descontrole” de nossas emoções, nem diante da “impulsividade” por causa de nossas indignações, que alteramos aquilo que nos insatisfaz, ou que transformamos positivamente o contexto desfavorável que nos encontramos. Diante dos pensamentos desconcertados, das reações impensadas e incoerentes, nenhuma decisão deve ser tomada, nenhum percurso novo deve ser iniciado, e nenhuma ação precipitada deve ser levada adiante. Quando o mar se mostra revolto não adianta remar “contra” a correnteza, é preciso soltar os remos, silenciar diante da euforia das águas e se deixar conduzir na direção dos ventos. As tempestades sempre cessam, e o mar sempre volta a se acalmar.
A palavra para hoje é SERENIDADE.

É comum diante de alguns sofrimentos e mudanças inesperadas que vivenciamos imaginarmos que a nossa vida não vai voltar ao seu percurso natural, pois mediante algumas dores, algumas perdas, algumas ausências, e algumas modificações cotidianas imprevistas, nossa vida se modifica bruscamente e o ritmo de nossa rotina é alterado radicalmente. Contudo, a vida em seu curso natural se refaz o tempo todo, a todo momento, perante quaisquer circunstâncias. Assim como nos mostra a natureza, quando as árvores perdem suas folhas, quando seus galhos são cortados, quando a estiagem seca a terra que alimenta suas raízes, daí vem a chuva e novamente fortalece a terra, que revigora as raízes, e nascem novos caules, outros galhos crescem, nova folhagem surge, e outra vez as árvores tornam-se frondosas, reflorescendo, e dando suculentos frutos. Portanto, nós somos parte dessa natureza que se refaz, que se reconstrói, e que renasce a cada final de um ciclo. Então, mesmo se estivermos numa fase em que “perdemos” nossas folhas, em que tenhamos alguns de nossos galhos “quebrados”, e que a terra diante do nosso contexto não seja atualmente “produtiva”, ainda assim, haverá “força” em nossas raízes o suficiente para vencermos a “insegurança” e o “medo” das mudanças, “suportarmos” o tempo da “devastação” e nos “renovarmos” fortalecidamente no período das restaurações.
A palavra para hoje é CORAGEM.